Vamos provar que você pode ser um designer e não sabia.
Nem todo mundo que virou designer sabia desenhar quando era pequeno. O Design envolve mais do que um lápis na mão e um computador na mesa. Começa no pensamento, no jeito que você encara a vida.
Essas pistas não são fazem parte de uma bula médica, nem precisam levar você a achar que está na carreira errada. São características que particularmente observei com o passar dos anos, sem compromisso. Mas podem ajudar a quebrar um tabu de que designer são pessoas estranhas. Você pode encarar a vida como um e nem sabia disso, olha só.
Vamos lá:
1) Analítico
Você é daqueles caras que em vez de reclamarem que o controle remoto é confuso, fica pensando em como ficaria mais fácil se alguns botões fossem diferentes? Quem sabe se eles fossem mais coloridos, ou se o controle simplesmente tivesse menos funções? Hum… Pode ser uma pista.
A ergonomia e a usabilidade estão ligadas diretamente ao Design, e pensar em soluções para problemas comuns é um dos papeis (se não for o principal), do profissional da área.
2) Criativo
Ao contrário do que muita gente pensa, todos nós somos criativos. Uns têm mais talento para criar piadas de improviso durante as festas de família, enquanto outros criam personagens com palitinhos na mesa do restaurante. Mas você certamente tem muita coisa interessante nessa massa cerebral.
Provavelmente, alguns indivíduos tiveram mais estímulo à criatividade durante a fase escolar, mais atividades lúdicas e colaborativas. Existe um vídeo MUITO interessante sobre a criatividade feito pela RSA, e aconselho separar 11 minutinhos para dar uma olhada nele. Tem legendas em português.
Existem muitas maneiras de estimular o seu lado criativo, e a prática com o Design faz brilhar progressivamente aquela lâmpada que fica em cima da sua cabeça. Referências, leitura e convivência com gente “de ideias” também ajudam e muito. Se você é criativo (e certamente é), independente do nível que você considere que a sua lâmpada esteja acesa no momento, pode ser um segundo indício.
3) Adaptável
Um designer precisa resolver como uma mensagem será comunicada visualmente a um certo público. Um dia ele pode receber o briefing para criar um logotipo para um restaurante chinês. No outro, uma série de embalagens de papinhas de neném. Ou seja, o cara que vai pensar nisso deve conseguir se transportar de um cenário para outro com facilidade, e se colocar no lugar de quem vai ver o resultado final. Se você só gosta de tipos serifados, e não tem a mente aberta para pesquisar tipografia chinesa, por exemplo, talvez essa não seja a sua área.
Mas, se você acha que encarar “personalidades” diferentes é um desafio interessante, fica a dica. Só para colocar uma pulga atrás da sua orelha, pode ser algo muito legal pra quem gostava de jogar RPG….
4) Observador
Ok, este tópico pode parecer um pouco com o primeiro. Só que não.
O observador nem sempre é o fulano que pensa em soluções pra tudo, mas é aquele que gosta de perceber mudanças e detalhes. Aquele amigo que repara até mesmo nas coincidências musicais. Que notou que o celular que a mocinha da novela mudou instantaneamente de uma cena pra outra sem o menor sentido. Que o Eike Batista só tem filhos com nomes com 4 letras e coias por aí… Esse neurótico pode ser um aspirante à carreira.
5) Empolgado
Olha, eu nunca vi um designer “designmado”. Sei que a piada foi horrível, mas não resisti. :p
Refazendo a frase, nunca vi um designer que não fizesse o que faz por paixão. Lógico que reclama pra caramba, acha que o cliente poderia ter mais verba, reclama do briefing, etc etc (não justifico aqui nenhum sistema exploratório de trabalho nem uma rotina workaholic – veja um post sobre isso).
Mas ainda não vi um designer que dissesse que seguiu a área por pressão, ou porque a família era dona de um escritório e precisava de alguém pra manter a tradição. Nunca ouvi ninguém falando: “mamãe sempre sonhou que eu fosse um profissional de comunicação visual”. Bom, isso pode te animar um pouco. Sem trocadilhos.
Se você sente que rola uma simpatia entre os seus olhos e o seu coração, pode ser a pista mais preciosa deste post.
Comments (4)
Guestsays:
5 de novembro de 2013 at 14:07http://www.youtube.com/watch?v=g6tgH2dWx5c
Não era esse o vídeo que devia estar postado?
Letícia Mottasays:
5 de novembro de 2013 at 14:10Este também é muito bom! A RSA tem coisas incríveis. Mas o vídeo postado faz a gente refletir sobre como a educação nas escolas pode trabalhar a nossa criatividade. Mas a dica do outro vídeo tb é ótima. Valeu!
Pâmelasays:
12 de março de 2014 at 13:02Bacana!!
TONNYsays:
21 de janeiro de 2015 at 17:18Massa!