Qual o novo desafio do ecommerce? Não é fazer você comprar mais só mostrando banners por aí…
Há algum tempo atrás, talvez a pergunta seria “quem já comprou alguma coisa via ecommerce”? Afinal, há menos de uma década, a desconfiança sobre o assunto ainda existia, e questões como “será que isso funciona mesmo?” ou “será que vale a pena?” eram algumas das mais comuns.
Mas hoje, a geração da cultura digital (e você, que lê este blog enquanto pensa em comprar um tablet, provavelmente faz parte desta geração), acha até estranho se alguém mencionar que vai ao banco pagar uma conta ou vai comprar um eletrodoméstico sem pesquisar os preços antes.
Bom, o fato é que aquela tal de transição 2.0 já passou faz tempo, e hoje a tecnologia é invisível. Invisível não porque ela não exista, mas porque ela está tão presente no seu dia a dia que você nem nota que depende dela.
Isso significa que a grande barreira do ecommerce em gerar consumidores virtuais já foi superada. Mas qual o novo desafio?
A experiência individual
Uma vez provado que lojas virtuais funcionam tão bem quanto as físicas (e às vezes até melhor), a nova tarefa do ecommerce era – e ainda é – aprimorar a sua experiência de compra. Coisa que a a internet pode fazer muito melhor do que o mundo analógico.
Imagine um catálogo de roupas, desses que você pega na porta de uma loja, que mostra 20 fotos, sendo que só 5 ou 7, no máximo, atendem ao seu estilo. Agora imagine um catálogo personalizado que aparece somente pra você, com roupas que você gosta, baseado nas suas experiências de compras anteriores. O que tem mais chance de dar retorno?
Um catálogo impresso em larga escala precisa atingir um público amplo. Uma experiência na internet pode ser só sua. E nisso, os sites saem na vantagem. A impressão que dá é que, na loja, você é mais um, no site, você é único.
Aí você pode perguntar: “e os sites de compra coletiva e descontos online”?
Por mais que ofereçam diversas ofertas, para quem bem quiser adquirir, o fato é que, em alguns sites, você pode customizar a sua busca e ganhar mais vantagens de acordo com a sua experiência de compra, como brindes ou frete grátis (ex: Cupons Mágicos). É coletivo, mas não padronizado.
A experiência social
Se por um lado, a experiência de compra individual online é boa, a social é ainda melhor.
Isso parece uma contradição, mas na verdade, social é diferente de coletivo. A sua experiência individual com um site pode ser influenciada pela rede social, e a loja ainda pode tirar proveito disso.
Como assim?
Um site pode me mostrar produtos que tenham tudo a ver com o meu estilo e gosto, coisa que só a internet pode fazer. Mas a minha decisão de compra pode ser influenciada pela sua opinião. Se o site mostrar comentários, e todo mundo estiver elogiando o produto ou a loja, olha que beleza! Vou comprar na hora. E isso não se restringe só a comentários. Existem outros filtros, como “mais vendidos”, “mais procurados”, além de hashtags e marcações.
Pro consumidor, isso é excelente, e pra loja também.
Hoje, a maioria das grandes redes de ecommerce usam os recursos das redes sociais para avaliar as preferências, os comentários, a abrangência dos produtos e outros tipos preciosos de feedback que não seriam possíveis em “carne e osso”. E se o retorno for negativo, isso serve de lição para o aprimoramento das vendas.
Repare nestes dados que mostram que as recomendações de outros consumidores em sites de lojas, blogs e comunidades já estão lado a lado, conforme pesquisa do Ibope, com a propaganda tradicional em rádio, TV e jornal. (fonte: Global Leads Group / Cupons Mágicos)
Ou seja…
Já que lojas virtuais não são mais novidade pra ninguém, o que as marcas estão fazendo é tentar cada vez mais estreitar o relacionamento com os seus clientes, através das redes sociais. Uma via de mão dupla, que é boa pra quem compra e pra quem vende. E, no fim das contas, até as lojas físicas acabam sendo influenciadas por esse vai e vem de blá blá blá online.
Comments (2)
Marina Rodriguessays:
7 de abril de 2014 at 16:10Leticia e leitores,
qual plataforma de vendas online indicam para formar um novo ecommerce?
Letícia Mottasays:
7 de abril de 2014 at 16:16Oi Marina. Olha, eu não sou desenvolvedora, mas vejo muito ecommerce desenvolvido em Magento. Existem outras opções, mas acho que é essa é uma das mais populares (e acredito que mais fácil de vc encontrar melhorias e soluções em fóruns e afins). 🙂