José Luiz Benício faz história na ilustração. Suas pin ups deixam marmanjos boquiabertos e mulheres inspiradas. E a gente tem o privilégio de recebê-lo neste #cutetalk! Confira.
Com certeza você já esbarrou em algumas de suas ilustrações. Foram muitos os trabalhos que o tornou reconhecido internacionalmente, desde a década de 50: pocket books, cartazes para o cinema nacional de pornochanchada e ilustras para agências de publicidade.
Sim, estamos muito felizes e orgulhosos com o #cutetalk da vez. Confira! 😉
Benício, você trabalhou em agências de publicidade durante a sua carreira. Quando foi a hora de se dedicar exclusivamente às ilustrações? O que você considera como o melhor e o pior das agências?
A hora de me dedicar às ilustrações foi quando começaram a surgir os pedidos de freelancer para as agências. Sobre elas, o melhor está na convivência com os colegas de trabalho. O pior está nos prazos de entrega dos trabalhos, sempre para ontem.
Suas pin ups são um grande marco no seu trabalho (já até postamos sobre elas aqui). De onde vêm a inspiração para as personagens?
A inspiração vem da observação do dia a dia das pessoas.
Como aconteceu o convite para ilustrar as capas dos livros de bolso “Gisele, a espiã nua que abalou Paris”? E como surgiu a ideia de criar a filha da espiã, Brigitte “Baby”?
Através da editora Monterey para onde eu já fazia trabalhos de freelancer. A filha da espiã Gisele, ganhou características atuais a partir do 4º volume. Foi quando eu comecei a desenhá-la.
Qual o maior desafio entre criar cartazes para o mercado cinematográfico livre (exemplo: “Os Trapalhões”, “Independência ou morte”) e ilustrações para pocket books masculinos e pornochanchadas nos anos 60 e 70?
Não existe dificuldade. Todos os trabalhos são baseados em fotos e no release das histórias.
(Ah sim, pra você parece fácil, rs).
Você costuma usar guache para pintar. É o seu material preferido? Por quê?
Sim, toda minha vida usei guache como base do meu trabalho. Foi mais fácil me adaptar a este tipo de material.
Você é uma grande inspiração para jovens artistas (e para artistas já renomados também). Mas quem são os ilustradores que você admira?
Dos ilustradores nacionais: Melo Menezes, Nilton Ramalho e Marchi estão entre os meus preferidos. Dos estrangeiros: Norman Rockwell e americanos das décadas 60 e 70.
Depois de vários anos de sucesso, qual o seu critério seletivo para aceitar um convite de trabalho?
De acordo com o prazo existente e a natureza do teor do trabalho.
Poderia dar 3 dicas para nossos leitores que querem trabalhar com ilustração?
Treinar, treinar, treinar…
Veja mais trabalhos dele aqui:
Pra quem quiser saber mais, existe um documentário dividido em parte 1 e parte 2 no Youtube (uma entrevista para o Canal Brasil).
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