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E se os hits de hoje tivessem sido criados nos anos 40 e 50?

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Imagine se Bon Jovi fosse um cantor de jazz americano do século XX? Ou se Miley Cyrus trocasse o seu rebolado de twerk por passinhos bem comportados de twist?

Isso parece muito louco e non sense, mas um grupo musical conseguiu misturar dois séculos de música em uma receita muito criativa, que já renderam mais de 4 álbuns na carreira.

Os corajosos são integrantes do Scott Bradlee’s Postmodern Jukebox, banda dedicada a regravar sucessos da atualidade com um pente fino do jazz da primeira metade do século XX, além de outros estilos antigos.

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Hits como “Thrift Shop”, “Titanium”, “All about the bass”, e até “I want it that way”, dos Backstreet Boys, ganham uma nova (ou velha) roupagem do Jazz, Swing e Ragtime.

Mais legal ainda é observar os nomes dos álbuns, que juntam modinhas contemporâneas e antiguidades. Álbuns como o “Emoji Antique”, “Selfie on a Kodachrome” ou “Twist is the new Twerk”, garantem o humor ao conteúdo das capas, que, na parte visual, prestam homenagem ao Art Déco.

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Um pouquinho de história do Jazz

O início do século XX foi música para os ouvidos da história. De 1890 a 1910 o jazz clássico, nascido nas ruas de New Orleans (não só lá, mas também Memphis, Dallas, St. Louis e Sedalia), começou a se tornar conhecido.

O primeiro estilo de Jazz a receber um nome, o Ragtime (redução de “ragged time”, “tempo destruído”), possuía características de músicas para piano do século XIX, com influências de Chopin, marcha e polca. Mas tudo isso adaptado à cultura negra americana, dos operários e boêmios noturnos. O músico americano Scott Joplin foi quem recebeu o título de “o rei do Ragtime”. Ouça “The Entertainer” (1902)  e me conta se você nunca ouviu Joplin por aí.

Agora, um dos primeiros precursores teóricos do Jazz foi “Jelly Roll” Morton (Ferdinand Joseph La Menthe Morton), pianista, nascido em Mississipi. Se você ouvir uma de suas composições, vai reconhecer o estilo de longe! O nascimento do jazz está muito mais perto de você do que parece.

Daí pra frente, o jazz entrou na árvore genealógica dos estilos e ganhou adeptos, versões e adaptações, cativando negros, brancos, americanos, europeus, sem fronteira de classe, renda ou território.

Pulando algumas décadas, já nos anos 40 e 50, o Jazz já tinha seguidores suficientes para seguir diferentes campos de atuação: defensores do Jazz clássico e os vanguardistas, que desenvolveram descendentes como o Bebop, Cool Jazz, entre outros.

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Fred Astaire e Rita Hayworth

Agora, se você sentiu falta do sapateado neste resumo, não fica triste. Um exemplo básico de jazz e dança andando juntos está no cinema. Um nome forte é Fred Astaire, que contracenou com diversas atrizes/cantoras/dançarinas, como Rita Hayworth. Uma pesquisadinha no Youtube por essa dupla já vai deixar os seus pezinhos balançando.

Este é um trecho do filme “You were never lovelier” (1942), com a performance do casal para a canção “Shorty George”.

(Fontes: Clube de Jazz e trecho de “A Biographical Guide to the Great Jazz and Pop Singers”)

Agora, vamos ao que interessa

Depois deste backup histórico, já dá pra ver e ouvir as versões vintage do grupo Postmodern Jukebox, como um ouvinte de Jazz do início do século passado. Ah sim, nem só de jazz é feito o repertório deles, apesar de grande influência.

1. Cover the “I want it that way“, de Backstreet Boys:

A original:

2. “Talk dirty” , de Jason Derulo:

Essa música do Jason tem uma letra profunda demais pra precisar inserir o clipe original aqui, rs (#soquenao).

3. “Livin’ on a prayer” de Bon Jovi (!):

A original:

4. “Paper Planes” de M.I.A:

E  a original:

Conheça mais sobre o grupo no site oficial, no Youtube, ou na página do Facebook.

 

Letícia Motta

Designer gráfico com experiência no mercado há mais de 15 anos, atua nas áreas de design gráfico, digital design e direção de arte. Bacharel em Design, com extensão em Coolhunting e MBA em marketing digital. Fundadora do estúdio leticiamotta.com.

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