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MAD fold-in: a história das capas ambíguas da revista MAD

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De onde surgiu a ideia das dobradinhas inteligentes da revista MAD? Quem era o cara por trás disso?

Você conhece a revista MAD? Quem já leu sabe que sua intenção é satirizar a cultura pop. Aliás, sátira é a palavra que define a revista. Com um nome desses, não é por menos que ela seja recheada de histórias de/para malucos.

Para ser breve, a revista colaborativa que alcançaria versões em mais 19 países, incluindo o nosso, começou a ser produzida no início dos anos 50. Já na quarta edição esgotou-se rapidamente, com uma sátira do Super-Homem, maior sucesso da época.

Terceiro Super-Homem da revista, de 1983.
E o Super-Homem voltava à capa. Este é de 1983.

Sem espaço para a publicidade por pura rebeldia, todas as suas páginas eram recheadas de cartoons, fazendo a cabeça da galera que agitaria o movimento underground no país e no mundo. Movimento que fez brilhar gênios como o cartunista Robert Crumb, destaque dos cartoons underground. O estilo subversivo da revista cutucava até a política naqueles anos de Guerra Fria.

Tanto fez em não anunciar nada que no espaço de terceira capa, aquela reservada para carrões, jóias, TVs e outros anúncios em revistas comuns, rendeu a clássica Dobradinha MAD.

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 As dobradinhas MAD

“Lá vamos nós com mais uma ridícula Dobradinha MAD”.

Nomeadas como MAD Fold-in, as dobradinhas eram um banho de água fria no comportamento cotidiano. Sempre bem fresquinhas, criticavam algum assunto do momento de forma criativa e inteligente. Junte A com B para ver surgir uma indagação e uma resposta dentro de uma composição visual incrível.

O gênio por traz de suas criações é o cartunista Al Jaffee.

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Olha ele aí, Al Jaffee
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All fazendo tudo à mão, do rascunho até a arte final.

Jaffee é mundialmente respeitado e está com a revista desde 1955. O cara é tão bom que Charles Schulz, o criador do Snoopy, define: “Al pode desenhar qualquer coisa”. Jaffee iria fazer sua última dobradinha no ano de 2008, mas continua até hoje na revista, sendo o mais antigo colaborador. Ele diz ser cada vez mais importante estar na labuta e que adora criar ao lado de gente jovem. (nhóo!).

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Cartoon do cartunista.

Mas antes das dobradinhas, segue uma rara sequência de tirinhas do cartunista!

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E agora, bora juntar A com B? O jornal NY Times fez uma galeria de dobradinhas, para a nossa alegria. Veja a galera interativa aqui.

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Para quem já teve a MAD, vendeu para algum sebo e se arrependeu, a Chronicle Books lançou uma coletânea imensa com as dobradinhas de 1964 até 2010. Olha, se você estiver pensando em comprar, compra, porque vale a pena conferir cada detalhe dessas capas de perto.

Legal, né?!

 

Juliana Senra

Assistente de direção de arte. Curte música, quadrinhos e eventos culturais gratuitos. Ama feijão tropeiro, pão de queijo, boteco e violão. Não sabe se gosta mais de Beatles ou de Rolling Stones, mas tem certeza que é tropicalista.

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