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The fame monster is born this way

Born this way e uma singela reflexão sobre a temática Lady Gaga, ou sobre o fame monster que acompanha sua carreira.

Depois de ver este clipe da Gaga, ficou uma reflexão na minha mente: eu sinceramente acho que o seu talento, Stefani Joanne Angelina Germanotta, tem virado um produto na vitrine do mercado da música. Eu tenho a leve sensação de que o seu alvo não é definido, mas sua música está onde está também o pote de ouro. Eu acho que existe uma forçada de barra para se tornar a diva de um público numeroso, seja ele qual for. Sem querer comparar, porque estamos em épocas diferentes e Madonna já fez sua história, mas Madonna tinha um tema para sua personagem: a autonomia feminina, a mulher sexual, objeto liberal e cheia de poder. Era a temática do fetiche, da individualização, do sex-appeal, o Express Yourself… Concordemos ou não, não é essa a discussão. O fato é que Madonna tinha ( ou tem, porque não morreu) a personalidade Madonna.

Vamos combinar que este personagem excêntrico de Stefani já nasceu como filho da mídia e laboratório do marketing. Mas acho que no início funcionou bem, agora tem dado brechas para as filosofias públicas.

Lady Gaga, pra mim, vai na maré do retorno. Não é uma diva gay apesar da Born this Way, não é uma musa feminista apesar da influência em Madonna, não é uma aberração apesar dos exageros da sua indumentária, nem parece insensata como a Ke$ha bêbada. O que é Lady Gaga? Uma coisa com certeza ela é: uma fonte de dinheiro e de hits de sucesso contruídos com base em uma fórmula impecável. É o fame monster, o buzz da mídia. Não vou dizer que sou radical e que alguma coisa não funciona comigo. Claro que funciona. Quem às vezes não se pega cantando os grunhidos estranhos de Bad Romance?

Ah, mas apesar dessa reflexão sobre a temática musical de Gaga ser tudo e nada ao mesmo tempo, ela é uma aula de branding para todos nós, começando pelo seu nome artístico até o “logo” ( sim, logo!). Ou você não pensa no gesto com a mão sobre o olho no estilo Poker face quando fala dela?

Aliás, pra você que não viu, dá uma olhada neste slideshow até meio antigo sobre lições de branding com Lady Gaga.

Se ficar meio cansado lendo este post, ouça Justin Bieber depois, hahahha.

Letícia Motta

Designer gráfico com experiência no mercado há mais de 15 anos, atua nas áreas de design gráfico, digital design e direção de arte. Bacharel em Design, com extensão em Coolhunting e MBA em marketing digital. Fundadora do estúdio leticiamotta.com.

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